A Petrobras informou que a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), situada em Camaçari, entrou na etapa final de manutenção e avança para a retomada de suas atividades. Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (19), a estatal indicou que o reinício da produção está previsto para janeiro de 2026. A unidade estava desativada desde 2018, quando teve as operações interrompidas sob a justificativa de dificuldades financeiras.
O processo de comissionamento da planta já foi iniciado. Técnicos trabalham no ajuste e na integração dos sistemas de utilidades — como nitrogênio, ar comprimido e água de refrigeração — etapa essencial para a realização dos testes operacionais dos equipamentos, com foco na segurança e na eficiência da retomada das atividades industriais.
Para garantir o abastecimento de gás natural, insumo indispensável na produção de amônia e ureia, a Petrobras firmou, na última semana, um contrato com a Bahiagás. O acordo prevê o transporte de gás canalizado até a fábrica, com um volume estimado em 1,2 milhão de metros cúbicos por dia.
De acordo com William França, diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, a reativação da Fafen representa um passo importante para recompor a capacidade nacional de produção de fertilizantes, considerados estratégicos para o agronegócio. Segundo ele, a iniciativa também amplia o portfólio da companhia e cria uma alternativa economicamente viável para o uso do gás natural produzido no país.
A unidade será responsável pela fabricação de amônia, ureia perolada e ARLA-32, além de contar com os terminais marítimos de amônia e ureia localizados no Porto de Aratu, em Candeias, que darão suporte à logística de escoamento da produção.
O encerramento das atividades da Fafen, há cerca de sete anos, resultou na perda de mais de 700 postos de trabalho. Com a reabertura, a expectativa é de que a fábrica volte a impulsionar a economia local e gere novos empregos na região.
