A Secretaria da Saúde da Bahia apresentou, nesta quinta-feira (11), o Plano Setorial da Saúde para Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas, um documento estratégico que reúne metas, diretrizes e iniciativas voltadas ao fortalecimento do sistema de saúde diante dos efeitos da crise climática no estado. O plano também identifica grupos e populações em situação de maior vulnerabilidade, permitindo que ações e recursos do SUS sejam distribuídos de maneira mais justa.
O material foi inicialmente divulgado na COP 30, tornando a Bahia o primeiro estado a estruturar um plano específico para orientar políticas de saúde relacionadas às mudanças do clima. A proposta central é ampliar a capacidade do sistema estadual para prevenir, se preparar, responder e se recuperar dos impactos climáticos, promovendo proteção e qualidade de vida para a população por meio de ações integradas.
Entre as iniciativas previstas estão o uso de tecnologias de georreferenciamento para apoiar monitoramento e decisões estratégicas; a proteção de grupos mais expostos aos efeitos do clima, com intervenções específicas em áreas prioritárias; e a criação de mecanismos sustentáveis de governança e financiamento, garantindo que o plano seja implementado e acompanhado de forma contínua.
Segundo a secretária da Saúde, Roberta Santana, discutir mudanças climáticas significa reforçar políticas de prevenção e promoção da saúde. Ela destacou que o documento representa um avanço inédito no país e que sua apresentação anterior à COP 30 demonstra o compromisso do estado em compartilhar experiências e atuar de forma alinhada ao governo federal.
Para aprimorar a atuação em situações de emergência e desastres no estado, a Sesab também criou a Equipe de Resposta Rápida (ERR-SUVISA). O grupo conta com um núcleo fixo de 11 especialistas e uma rede de apoio com outros 21 profissionais de diferentes áreas, como epidemiologia, vigilância, saúde mental e comunicação de risco.
A ERR-SUVISA pode ser acionada e mobilizada em até 24 horas, atuando em toda a Bahia. Suas funções incluem: avaliação rápida de danos, vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, orientação técnica aos municípios afetados e comunicação de risco à população. A equipe deverá atuar em situações como secas, enchentes, deslizamentos e outros eventos de grande impacto.
A estrutura funciona sob coordenação do VIGIDESASTRES/CIEVS-BA, em articulação com a Defesa Civil (SUDEC), o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia e demais órgãos responsáveis por emergências, garantindo uma operação conjunta e organizada.
A superintendente da Suvisa, Rivia Barros, ressaltou que o estado não apenas elaborou o plano, mas já iniciou sua execução. Segundo ela, a ERR representa uma entrega concreta que melhora a proteção da população frente a eventos extremos.