Dois dias após a divulgação, pelo Instituto Real Time Big Data, da pesquisa que traz o ministro da Casa Civil do governo Lula, Rui Costa (PT), liderando as intenções de votos para o Senado Federal em 2026, o senador Jaques Wagner (PT) voltou a dizer que ainda é cedo para falar sobre a formação da chapa.
Em entrevista, nesta quarta-feira (24), à rádio Juazeiro AM, o petista afirmou que houve uma espécie de esfriamento nas discussões que, segundo ele, deverão ser retomadas no final deste ano, já que o debate eleitoral será inevitável nos próximos meses.
Vale lembrar que foi o próprio Wagner que alvoroçou a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao defender publicamente, em entrevista à imprensa, no mês de janeiro, a formação de uma chapa puro-sangue com ele disputando à reeleição e o ministro Rui Costa a segunda vaga. As falas reiteradas do principal cacique do PT na Bahia colocaram em xeque a presença do senador Angelo Coronel (PSD), também candidato à reeleição, na chapa majoritária.
De acordo com Jaques Wagner, esse é “um bom problema” a ser resolvido entre os partidos ligados ao Palácio de Ondina. “É óbvio que temos um bom problema. São três candidatos para duas vagas. Vamos ter que nos debruçar para ver como resolver essa questão. Mas, sem dúvida nenhuma, é uma chapa que chegará muito forte”, disse.
Jaques Wagner também descartou a hipótese de rompimento do PSD, liderado na Bahia pelo senador Otto Alencar, com o governo Jerônimo, conforme pregam parlamentares da oposição respaldados pelos constantes acenos do senador Angelo Coronel ao grupo liderado na Bahia pelo pré-candidato a governador, ACM Neto (União Brasil).
“A oposição aposta na divisão, mas todos nós sabemos que a força do nosso time está na unidade dentro da diversidade. Jerônimo e eu somos de um partido e Coronel é de outro. Mas é essa pluralidade que dá dinamismo à nossa família política”, completou.