O governador Jerônimo Rodrigues (PT) negou que a Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e que visa desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, tenha um caráter político, como pregam figuras da oposição aqui na Bahia.
Na última terça-feira (14) mais um nome ligado ao União Brasil, o deputado federal Dal Barreto, foi alvo da operação. Ele foi abordado pela PF no Aeroporto de Salvador e teve o celular apreendido. Endereços ligados ao deputado também foram alvo e, ao todo, a corporação cumpriu oito mandados de busca e apreensão na Bahia e em Brasília, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em conversa com a imprensa durante a abertura da 3ª Constru Nordeste, nesta quarta-feira (15), o chefe do Palácio de Ondina afirmou que “quando alguém é intimado a entregar aparelho celular ou documentação, já passa para questão judicial ou de polícia, que sai do ambiente da política”.
De acordo com Jerônimo, é preciso que a Justiça dê respostas à sociedade quanto à participação de agentes políticos em atos que vão na contramão do que prega à Constituição.
“Só espero que a Justiça, de fato, apresente as respostas para que a gente possa entender o que acontece com as pessoas que entram na política para atender os benefícios do povo, para poder realizar aquilo que o povo sonha e desvirtua no seu papel de poder utilizar os recursos de forma não adequada às regras da Constituição. Então, eu espero que a Justiça seja feita, em nome de todos aqueles que se utilizam do lugar da política para poder estabelecer parâmetros que não são os nossos”, frisou.

