A Aliança Energia, joint venture formada pela Vale e pelo Global Infrastructure Partners (GIP), firmou acordo para a aquisição do Complexo Eólico Caetité Norte, localizado na Bahia. O ativo pertence atualmente à Pontal Energy, empresa de geração e comercialização de energia controlada pela gestora de private equity Denham Capital. O valor da negociação não foi divulgado.
A conclusão da operação ainda depende do cumprimento de condições prévias, entre elas a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além da validação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Em comunicado ao mercado, a Aliança Energia destacou que, após a finalização da transação, o parque eólico Caetité Norte deverá reforçar o portfólio de ativos da companhia e contribuir para a geração de valor do negócio. O complexo possui capacidade instalada de 193,2 megawatts (MW) e está em operação comercial desde agosto do ano passado.
Atualmente, a joint venture conta com três outros complexos eólicos, uma usina solar e três hidrelétricas, além de participação relevante em mais quatro empreendimentos hidrelétricos. Ao todo, a Aliança soma 1.701 MW de capacidade instalada.
Por sua vez, a Pontal Energy informou que a venda representa a primeira alienação de um ativo considerado maduro dentro de seu portfólio de geração centralizada. A empresa opera mais de 600 MW, distribuídos entre os estados da Bahia e do Ceará. Além do complexo negociado, a companhia mantém três parques eólicos em operação e outros três em fase de desenvolvimento, que juntos totalizam 1 gigawatt (GW).
Em nota, o CEO da Pontal Energy, Gustavo Ribeiro, afirmou que a transação está alinhada à estratégia de reciclagem de capital da empresa e evidencia a capacidade da plataforma de gerar valor em diferentes etapas do ciclo dos ativos. A companhia acrescentou que pretende preservar capital no Brasil para novos reinvestimentos estratégicos, com foco na expansão do grupo.
Os planos da Pontal incluem avançar na consolidação do mercado de energias renováveis e explorar novas frentes no setor, especialmente em soluções de armazenamento de energia em larga escala e tecnologias digitais.
Novo sócio
Em outra movimentação relevante no setor, a superintendência do Cade aprovou, sem restrições, a entrada de dois fundos da BlackRock no capital da Aliança Energia. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.
A operação será realizada por meio dos fundos GIP Horizon e GIP Horizon I, criados pela Global Infrastructure Management (GIM) especificamente para esse fim. A GIM é controlada pela BlackRock. Os percentuais de participação e os valores envolvidos na transação não foram divulgados.
