O Tesouro Nacional divulgou nesta sexta-feira (26) os números do Tesouro Direto referentes a novembro, apontando um cenário de forte entrada de recursos. No período, as vendas de títulos públicos totalizaram R$ 6,193 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 3,367 bilhões. Com isso, o programa registrou uma emissão líquida positiva de R$ 2,826 bilhões, evidenciando a atratividade da renda fixa no atual ambiente econômico.
O estoque total do Tesouro Direto atingiu um patamar recorde de R$ 205,4 bilhões, o que representa um avanço de 36,2% em comparação com novembro do ano passado, quando o volume era de R$ 150,8 bilhões.
Esse crescimento está diretamente relacionado à elevação da taxa Selic, que passou de 10,5% para 15% ao ano em 2025, em resposta às medidas adotadas pelo Banco Central para conter a inflação. Diante desse cenário, o Tesouro Selic foi o título mais demandado, concentrando 57,4% das vendas. Em seguida apareceram os títulos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+), com participação de 31,9%, enquanto os papéis prefixados responderam por 10,7% do total negociado.
A escolha dos prazos também indica maior cautela por parte dos investidores. Títulos com vencimento de curto e médio prazo, de até dez anos, concentraram 84,3% das aplicações. Já os papéis de longo prazo, com vencimento superior a dez anos, representaram apenas 15,7% das compras.
Os dados de novembro também reforçam o papel do Tesouro Direto como instrumento de democratização do acesso aos investimentos. Das mais de 802 mil operações realizadas no mês, 81,6% envolveram aportes de até R$ 5 mil. Além disso, quase 60% das aplicações não ultrapassaram o valor de R$ 1 mil.
O número total de investidores cadastrados superou 33,9 milhões, o que representa um crescimento de 11,2% em 12 meses. Já o contingente de investidores ativos — aqueles com recursos efetivamente aplicados — chegou a 3,3 milhões, registrando alta de 19,2% no mesmo período.
Criado em 2002, o Tesouro Direto permite que pessoas físicas invistam diretamente em títulos públicos por meio da internet. Os recursos captados são utilizados pelo governo para a gestão da dívida pública e o cumprimento de obrigações financeiras, com a devolução do valor investido acrescido dos juros acordados.
Atualmente, o principal custo para o investidor é a taxa de custódia semestral cobrada pela B3, o que torna o Tesouro Direto uma das alternativas de investimento mais seguras e acessíveis do mercado financeiro brasileiro.

By Laiana

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