A quebra do Banco Master, com a prisão do seu principal dono, Daniel Vorcaro, chamou a atenção para investidores sobre os riscos de colocar dinheiro em operações financeiras. Com a decretação da liquidação de uma banco os clientes com o dinheiro aplicado têm proteção do investimento até um determinado limite. Pela lei brasileira, a proteção oferecida dada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
A cobertura do FGC é automática e segue dois limites: até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição e até R$ 1 milhão a cada quatro anos, renovado ao fim do período. A proteção vale para conta corrente, poupança, CDBs, RDBs, LCIs, LCAs, letras de câmbio e depósitos a prazo. Fundos de investimento não fazem parte da garantia.
Entidade sem fins lucrativos, mantida pelas instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central (BC), o FGC conta atualmente com 244 instituições financeiras estão associadas e soma cerca de R$ 141 bilhões de saldo. Sem dinheiro público, o fundo é formado por contribuições mensais de entidades financeirtas particulares para formar a reserva usada no pagamento das garantias.
O resgate do FGC para os clientes do Master deve somar R$ 41 bilhões, com 1,6 milhão de credores, o maior da história do fundo.
Com função de proteger a credibilidade do sistema financeiro, o FGC também pode atuar de forma preventiva, ao aportar recursos em bancos com dificuldades de liquidez para evitar desdobramentos mais graves no sistema financeiro. Esse tipo de intervenção só ocorre quando o custo é menor do que o de uma liquidação e reduz o risco para depositantes.
Criado pelo Conbselho Monetário Nacional (CMN) em novembro de 1995, o FGC já socorreu cercxa de 40 bancos e instituições financeiras. Lista inclui os bancos Bamerindus, em 1995; o Santos em 2006; e o Cruzeiro do Sul, em 2015; as financeiras BRK e Portcred, em 2023.
