Um reencontro com as raízes e com a força da história, da cultura e da cidadania camaçariense. Assim pode ser definido o tradicional desfile cívico em celebração aos 267 anos de emancipação política de Camaçari, realizado neste domingo (28).

Com o tema “Camaçari Educadora: Cuidados que inspiram e reconectam pessoas”, a Avenida 28 de Setembro (antiga Radial A) foi tomada pelo som das fanfarras e pelo compasso das escolas municipais, além do colorido das bandeiras e da emoção estampada nos rostos de cada munícipe.

“Camaçari é uma cidade que nasceu do trabalho e se mantém de pé pela força do seu povo. Esse desfile é um espelho da nossa diversidade. Ver essa avenida cheia de vida, de crianças, jovens, famílias e instituições unidas, é emocionante. Vamos seguir avançando, com o olhar no futuro”, declarou o prefeito Luiz Caetano.

Para o secretário de Educação, Márcio Neves, o evento é uma aula prática de cidadania. “Educar é, antes de tudo, ensinar a amar a terra em que se vive. E neste dia tão significativo, nossas escolas mostraram que estão comprometidas não só com o ensino, mas com a construção de cidadãos conscientes e participativos”, enfatizou.

Entre os destaques das apresentações está o Bloco da Inclusão, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes). A intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), Kleide Moraes, realçou o trabalho da pasta.

“A Sedes destaca o tempo inteiro como Camaçari é uma cidade múltipla e com diversos tipos de pessoas com deficiência, desde a surdez à fibromialgia. Dentro da secretaria existe uma coordenação atuante. Esse desfile mostra que estamos respeitando a diversidade, as diferenças, cuidando do nosso povo”, afirmou.

Também intérprete de Libras, Giovanni Montenegro lembrou que Camaçari possui uma comunidade grande de pessoas surdas. “A cidade hoje tem 12 mil surdos. Para atender essa demanda, atualmente, são oito profissionais dando esse suporte junto com a Sedes. Hoje, cinco desfilaram e três estão no palco para dar suporte inclusivo”, acrescentou.

Entre a população, que ocupou arquibancadas e toda a extensão da avenida, memórias se misturavam ao orgulho de pertencer a uma cidade que segue crescendo sem perder o vínculo com suas origens.

“Nasci em Salvador, mas moro em Camaçari há mais de 40 anos. Sempre que posso, venho ver o desfile, por entender a representatividade dessa data. Já desfilei há tempos atrás e, este ano em especial, venho para prestigiar o desfile da Escola Clube de Mães, que vai homenagear minha tia-avó, Jandira da Conceição, famosa na cidade por fomentar as trezenas de Santo Antônio no Camaçari de Dentro”, pontuou Hedieleuza Maria Carneiro, 62 anos, moradora do bairro Camaçari de Dentro.

Roseane Costa, 33 anos, moradora da Gleba A, classificou o evento como essencial. “Quando a gente estuda e vive a história da cidade, entende o que essa data representa. Ver tanta gente reunida por Camaçari me dá orgulho. Eu sou natural daqui e faço questão de vir prestigiar amigos e conhecidos que sempre desfilam”, revelou.

À medida que o desfile avançava pela avenida, com a cadência das bandas marciais e os sorrisos da população, a cidade reafirmava que esses 267 anos não são apenas uma marca no tempo, mas um convite à continuidade e à construção de uma cidade verdadeiramente de todos.

By Laiana

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