Com o objetivo de facilitar a recuperação de valores em casos de fraudes, golpes ou coerção, permitindo um rastreamento mais eficiente das transferências suspeitas via Pix, o Banco Centrall (BC) anunciou novas regras com a atualização do sistema de segurança. Especialistas estimam que esta atualização pode reduzir em até 40% o número de fraudes bem-sucedidas no sistema.
A nova versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED) já está disponível desde 23 de novembro e se tornará obrigatória a partir de 2 de fevereiro de 2026.
Com as novas regras para o MED, o sistema passa a rastrear automaticamente o trajeto percorrido pelo dinheiro entre diferentes instituições financeiras. Antes, eram exigidas verificações manuais, com comunicações mais lentas entre os bancos.
O novo mecanismo permite que as instituições financeiras compartilhem informações de forma instantânea, facilitando o monitoramento de recursos, frequentemente divididos em várias contas para dificultar o rastreamento.
A principal mudança para os usuários é a possibilidade de reembolso em até 11 dias após a contestação, um prazo significativamente menor em comparação com o sistema anterior, que poderia levar meses para resolver casos de fraude.
Consolidado como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros o Pix, em operação desde 16 de novembro de 2020, já movimentou mais de R$ 75,4 trilhões em operações, o equivalente a 6,4 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que somou R$ 11,7 trilhões em 2024. Segundo o Banco Central (BC), o mecanismo instantâneo de pagamentos contabilizou cerca de 181,6 bilhões de operações.
Com 78 milhões de usuários, o sistema tem mais de 901 milhões de chaves Pix cadastradas. Ainda segundo o BC, o montante movimentado até 13 de novembro de 2025 já supera todo o volume de recursos transferidos pela ferramenta registrado ao longo de 2024.
