O governo Lula tenta reduzir a tensão com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, após o senador divulgar uma nota dura acusando setores do Executivo de interferência indevida na sabatina de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal. Alcolumbre também criticou insinuações de que estaria condicionando apoio a negociações por cargos e reclamou de não ter sido informado previamente da escolha — seu preferido era Rodrigo Pacheco. A reportagem é do jornal O Globo.
O Planalto reagiu com sinais públicos de apaziguamento, enquanto avalia que Messias pode não ter hoje os 41 votos necessários para aprovação. A falta de envio formal da indicação ao Senado abriu novo atrito: para Alcolumbre, trata-se de tentativa de interferir no cronograma da Casa; já o governo vê no atraso uma estratégia para ganhar tempo diante do placar desfavorável.
Aliados do Executivo buscam mapear insatisfações de Alcolumbre e de senadores próximos para reconstruir pontes, embora o senador tenha evitado diálogo até com líderes governistas. A crise, marcada por frustração com o processo de escolha e ruídos de comunicação, deve ser superada apenas após uma conversa direta entre Lula e Alcolumbre — ainda sem previsão.
