O Supremo Tribunal Federal manteve a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques após audiência de custódia realizada neste sábado (27). Condenado a 24 anos e seis meses de prisão por participação na trama golpista de 2022, ele seguirá em prisão preventiva por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Silvinei está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília e deve ser transferido para a Papudinha, ala da penitenciária da Papuda. A informação é do jornal O Globo.
Segundo a Polícia Federal, Silvinei rompeu a tornozeleira eletrônica na noite de Natal, deixou sua casa em Santa Catarina e fugiu do país com destino a El Salvador. Ele foi preso no Aeroporto de Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar usando documentos paraguaios falsos. Para sustentar a fraude, carregava uma carta em espanhol alegando sofrer de câncer no cérebro e precisar de tratamento médico no exterior. A fuga só foi percebida horas depois, quando o sinal da tornozeleira foi interrompido.
As investigações apontam que, em 2022, Silvinei utilizou a estrutura da PRF de forma política para dificultar o deslocamento de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde Lula tinha vantagem eleitoral. A PGR afirma que as blitze e fiscalizações foram parte de um plano articulado com o então Ministério da Justiça para interferir no processo democrático. A tentativa de fuga pesou para a manutenção da prisão, diante do risco de novas evasões.

