O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, comentou nesta segunda-feira (3), durante a abertura do Mês Nacional do Júri 2025, a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, que resultou em mais de cem mortos, e destacou a colaboração entre os dois estados nas investigações e ações de inteligência. Segundo Werner, a Bahia vem acompanhando de perto os desdobramentos da operação e contribuindo com o compartilhamento de dados e informações estratégicas.
“Estamos monitorando desde o início aquela operação realizada pela Polícia do Rio de Janeiro. Tenho colaborado, principalmente no sentido de dividir dados de inteligência. Inclusive, eles utilizaram uma campanha nossa do Disque Denúncia, já que alguns dos principais produtores de informações estão localizados aqui”, afirmou o secretário.
Werner explicou que a cooperação inclui também o trabalho da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal (IML), sobretudo na identificação de baianos envolvidos ou vítimas da ação. “Essas identificações ocorreram dentro do acordo de cooperação que temos com o Estado do Rio de Janeiro”, acrescentou.
O titular da SSP-BA avaliou positivamente as discussões sobre novas legislações que fortaleçam o sistema de segurança pública e defendeu a constitucionalização do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), o que garantiria uma fonte de custeio fixa, nos moldes do SUS e dos fundos destinados à educação.
“Precisamos ter a constitucionalização do SUSP em uma PEC, o que ajudará a estabelecer uma fonte de custeio estável, como já acontece na saúde e na educação. Além disso, é fundamental promover a integração de bancos de dados em nível nacional, sempre respeitando a autonomia dos estados. Isso fortalece a atuação das forças de segurança”, disse.
Werner também se manifestou favoravelmente a projetos de lei que aprimorem o combate às facções criminosas, reduzam a reincidência e descapitalizem financeiramente o crime organizado. “Todas as medidas que busquem tornar o enfrentamento mais efetivo, mais célere e mais inteligente são bem-vindas. Esse é o caminho que precisamos seguir. Temos de afastar o ‘I’ da impunidade, e fazemos isso com ações concretas como essas”, concluiu o secretário.

